quinta-feira, 1 de julho de 2010






Especialistas afirmam que estilo de vida é mais influente do que herança genética.

Os genes explicam apenas uma pequena proporção do câncer de mama, enquanto na maior parte das mulheres os fatores de risco ligados ao modo de vida permanecem predominantes, segundo especialistas.
Tratamento hormonal para a menopausa, consumo exagerado de álcool, gravidez tardia, ausência de gravidez e obesidade fazem parte dos fatores de risco ligados ao modo de vida.

O estudo divulgado nesta quarta-feira na revista médica The Lancet tinha como objetivo determinar se esses fatores interferiam em doze variações genéticas frequentemente associadas a um pequeno aumento do risco de desenvolver um câncer de mama.

O estudo feito com 7.160 mulheres que tinham câncer de mama e 10.196 saudáveis, liderado por Ruth Travis, da Universidade de Oxford (Reino Unido), visava a estabelecer melhor as influências genéticas (de pequeno risco) e não-genéticas (causadas pelo modo de vida e outras particularidades, como por exemplo uma puberdade precoce).


No final, o risco levemente maior de câncer de mama associado a essas doze variações genéticas não caiu e nem foi reforçado pelos fatores ligados ao modo de vida, como o tratamento hormonal substitutivo ou o nascimento tardio do primeiro filho, indicam os autores do estudo.


Eles ressaltam, entretanto, que seu trabalho não inclui dois genes bem conhecidos, os BRCA1 e BRCA2, mais raros e verdadeiramente portadores de um alto risco de desenvolvimento de câncer de mama.
"Os genes são considerados apenas em uma pequena proporção de cânceres de mama e, para a maior parte das mulheres, os principais fatores de risco continuam sendo aqueles ligados ao modo de vida (idade de gravidez, puberdade, tratamentos hormonais prolongados até a menopausa, obesidade, álcool...)", comenta o Dra Jane Green, co-autora do estudo.

"A boa notícia é que alguns deles podem ser mudados, e mudando seus comportamentos, as mulheres podem modificar seu risco", acrescenta.

"Infelizmente, os genes estudados não dão uma nova indicação", comenta Steven Narod (Canadá) a Lancet. "Novas abordagens são necessárias", acrescenta.
As variações genéticas examinadas no estudo, chamadas "SNPs", correspondem à mudança de uma única letra (ou nucleotídeo) do DNA. Especialistas recentemente questionaram os desempenhos dessas ferramentas (SNPs) na previsão dos riscos de câncer
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Materia retirado do Jornal online!!!

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